Depois de ler e transportar-me para o mundo de Chaplin, vejo que é impossível fazer ou pensar em cinema sem entender a fantástica cabeça deste cineasta.
Nos últimos três séculos, Carlitos é um grande poéta clássico, ele é um fenômeno que podemos considerar um fato histórico, e Blaise Cendrars, poeta e romancista francês, diz que : "Os alemães perderam a guerra porque não conheceram Carlitos em tempo".
O nosso Carlos Drumond de Andrade, o maior poeta brasileiro completa dizendo : " As crianças do mundo te saúdam. Não adiantou te esconderes na casa de areia dos setenta anos refletida no lago suíço. Nem trocares tua roupa e sapatos heróicos pela comum indumentária mundial.
Um guri te descobre e diz: CARLITO, e ressoa o coro em primavera. Ó Carlito, meu e nosso amigo, teus sapatos e teu bigode caminham numa estrada de pó e esperança.
Mas ainda há os que o consideram um escritor desgarrado da literatura. Seja o que for, foi o cinema que o exprimiu.
Como em tudo que ele fez, dentro e fora do cinema, deve-se pensar muito. E se temos alguma coragem para a lágrima, chorar diante de Carlitos é uma forma de viver e permitir a emoção brotar.